Resenha do Blog @Lerapiadecasal
- Fabio L Sadow
- Jun 15, 2018
- 2 min read
E aí galera, aqui é o Kayke e estou trazendo hoje a resenha do livro Atlântida – O príncipe pardo e os reinos perdidos, do nosso parceiro @fabiolshadow. (4 ⭐) . Aqui temos a história de Lipe, uma criança normal que vive com sua mãe na comunidade do Cajú, no Rio de Janeiro. Ao longo da narrativa, Lipe descobre que é herdeiro de dois tronos e que ao completar 13 anos ele deverá ser coroado como rei. Temos, ainda, explicada a morte do Rei Henrich, pai de Lipe e sobreno de Berília, durante a invasão dos povos cinzentos por conta da traição de um de seus generais mais próximos. E vamos parando por aqui para evitar spoilers... . Não vou negar que quando li a sinopse pensei, “ah, taí uma história de um Aquaman brasileiro”. Apesar de ver muitas referências das histórias do herói da DC, Atlântida foi além. O contexto mágico traz uma nova ressalva a narrativa e enriquece o enredo. Outro ponto positivo é mostrar mulheres, que além de usar magias, são guerreiras. . Por ser um livro curtinho, não me afeiçoei muito aos personagens e a maioria deles são pouco carismáticos, principalmente o Lipe, que no começo de história foi sendo levado pelo enredo e tudo só deu certo por conta da herança dos reis, que lhe deu habilidades de luta e controle sobre sua magia. Dentre outros pontos, temos a americanização de alguns nomes, coisa que, particularmente, me incomoda quando a história se passa no Brasil. Além disso, acho que o texto merecia ter sido um pouco mais fluido e direto. Mas o maior viés do livro é a tentativa não tão bem-sucedida do autor em transitar entre uma fantasia YA e adulta, o que torna difícil em como definir o gênero. . O final abriu portas para uma sequência que pode se tornar mais madura e me deixou muito interessado no que vai acontecer com Lipe e seus dois reinos. Além disso, não sei se já deixei claro, mas adoro ler os elementos pré e pós-textuais dos livros, e no glossário recebi um baita spoiler: Há outro possível suserano de Berília. . Apesar de só dar 4 estrelas, super indico o livro e levanto a bandeira em valorização da literatura brasileira contemporânea, principalmente para ficções e fantasias, um mercado um pouco restrito no País. (+)
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